Confesso que os acontecimentos recentes relacionados com os media me irritam como o caraças. Este último episódio com o deputado açoriano Ricardo Rodrigues é apenas mais uma prova de que a Comunicação Social está (grande parte dela) nas mãos de uns fedelhos provocadores que não estão minimamente interessados em trabalhar e que não passam de moscas a vibrar por mais e mais chiqueiro, estando quase sempre indisponíveis para trabalhar quando os acontecimentos não envolvam jarda.
Eu não conheço o senhor nem me interessa minimante o que senhor fez ou não fez (para isso há tribunais) mas a verdade é que a Comunicação Social julga e condena sem competência para tal. Para se chegar a esta conclusão basta ir ao site da sábado e ler como é apresentada a notícia:
"E em que ele próprio chegou a ser arguido, mas não acusado" - como se ser-se arguído fosse sinónimo de crime.
"A SÁBADO apresentou queixa no DIAP de Lisboa, por furto e atentado contra a liberdade de imprensa e de informação." - será que a provocação fácil vinda da boca de fedelhos desinformados, mal pagos e incompetentes se enquadra na Liberdade de Impresa e Informação??!!
Mal ou bem, muito ou pouco, mas sempre temos alguma opção sobre os políticos que nos representam: dependem dos votos da malta.
Por outro lado, nenhum de nós escolhe os jornalistas que nos entram olhos, ouvidos e vida a dentro. E não adianta dizer-se que só ouvimos quem queremos e que basta desligarmos tv, rádio, internet... Não! porque só se toda a gente desligasse tudo é que os media deixariam de ter poder. Eles têm um grande poder mas não têm (na sua esmagadora maioria) o mérito, a inteligência ou a capacidade de trabalho para o merecerem.
Se a classe política é fraquinha a dos media é bem pior. Acho até que a mediocridade dos media tem como consequência imediata a eleição de políticos fracos e a existência do fanáticos da política tipo adepto-burro-de-futebol.
Apesar de tudo, encontro piores, mais desonestos e mal informados jornalistas que políticos...
Enfim...
4 comentários:
David, não te esqueças que o referido deputado da républica Portuguesa, com o passado que tem (fortes ligações a processos com contornos sérios em termos de desvios de verbas...) é relator na comissão de ética e corrupção na Assembleia.
Desculpa, mas é precisso ter "lata"...
Eu concordo em parte com a tua opinião, David. É verdade que a informação está acantonada a grupos de interesse e que isso acaba por condicionar a própria independência de quem tem o dever de informar, de preferência com elevada qualidade. Mas, não quero meter todos os jornalistas no mesmo saco, porque há excelentes profissionais. E também considero que as pessoas têm o direito à indignação, especialmente quando a sua ombridade, moral, ética princípios de vida, são atingidos. Mas, também considero que a indignação deve ser assumida de forma frontal e não virando as costas, neste caso literalmente, às questões e às dificuldades ou eventuais tramoias que procurem ser condicionantes da acção de cada um. Neste caso, acho que o político fugiu claramente à provocação, deixando pairar no ar realmente dúvidas que de outro modo, com outra atitude, não deixaria, pelo menos se não as houvesse. E agora fica mesmo a dúvida. Também não esqueço que a informação fora de Portugal, padecendo também dos mesmos vícios de falta de independência como a interna, é muito mais agressiva e ostensivamente provocadora.
Eu cá não meto as mãos no fogo por NINGUÉM!!
Grande abraço.
Estou de tal forma dentro deste espirito que começo a ficar sem opção de escolha:
- deixei de ler o espresso desde o caso casapia
- era comprador assíduo do público e agora até o bookmark no browser apaguei
- era "fan" do publico online no facebook e tb esse já foi com os cães
Gosto de ler jornais e custa-me desconfiar sempre, mas sempre do que leio, vejo e oiço.
A pressão política de que se queixam os media é um subterfugio para a sua incompetência e sede de protagonismo.
Sejam razoáveis e vão ver que ninguém os chateia.
Desaparecido em combate 3,
esse teu comentário nem merece reparo!
Se aqueles tipos são jornalistas (e eu sei distinguir um bom jornalista de um gajo que tanto podia ser jornalista como Cobrador do Fraque, já que a formação base é a mesma), eu sou o ministro da Ciência.... epá se calhar esse não que é feio, mas sou um gajo qualquer importante, inteligente e com bom aspecto!
Não que este jovem entrevistado em questão mereça ou não ir dentro... mas no dia em que o jornalista mesmo que com razão ache que pode julgar alguém publicamente, então estamos perdidos!!!
Epá... estamos perdidos!!!
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