J: Reinaldo?...
D: Escuto?...
J: Prepara a bandeira!!
Era mais ou menos assim que, a propósito da suposta e afamada
recto-interacção entre o Reinaldo do Sporting e uma das Doce, decidimos instituir
o código de comunicação via rádio no Europeu de Triatlo Sub23 de Tiszaujvaros,
na Hungria, isto já em 2004. Nesse ano o Bruno Pais tinha ficado de fora dos
Jogos Olímpicos por uma situação mínima e a Vanessa começava já a mostrar ao
mundo aquilo que ali estava.
De maneiras que, antes dos Jogos de Atenas, fomos para este
europeu com uma equipa muito forte e motivada. O Bruno queria sacar a espinha
de não ir a Atenas, o Duarte estava com um excelente nível e o João Cavaleiro,
já correr bem, fechava e equipa. No lado feminino, a Vanessa dava 15 a 0 às
outras miúdas.
Aquilo por lá começou e demos uma valente
cabazada naquela malta toda. Ganhámos nos homens e nas mulheres, ainda ganhamos
o bronze nas equipas masculina e a moral não poderia estar mais em alta.
De que me lembre, esta foi uma das provas onde mais me
diverti com as comunicações entre o pessoal de apoio aos atletas. Nessa equipa
de apoio estava eu, o Pedro Rocha (Massagista) e o Miguel Jourdan. Foi do
cacete! E a festa à noite então, foi do melhor. Estávamos muito felizes pelos
bons resultados de todos e muito especialmente por sentir que o Bruno tinha
ganho um título que merecia muito. À noite até parecia que o raio das camisolas
de Portugal tinham mel.
Memórias como esta fazem-me sorrir e é elas que uma pessoa se agarra quando se leva uma martelada, como ontem todos levámos. Felizmente as boas
memórias são muitas e tenho feito uma série de divertidos rewinds mentais
nestas últimas horas.
Também lá na Hungria tínhamos os dois saído para uma corrida
(nesses tempos eu corria) e a certa altura vimos a equipa francesa. Dizia ele
então: bora acelerar, acelera, acelera e sorri, faz boa cara! Passamos por eles
que até abanam. O gajos borram-se logo e pensam que se os misters andam assim então
o que fará os atletas…
E por ai em diante, vá. O Jourdan era um tipo com uma leitura excepcional do que estava a acontecer na prova. Para além do enorme capital de conhecimento e experiência que tinha, era na ligação afectiva com os miúdos e na leitura das provas que ele se mais se destacava. Deve ter a ver com o facto de ter sido atleta com algum nível, pois identifico essa ratice e manha também no Lino.
E é assim. Ora se está bem, ora não se está, de todo.
Da minha parte, deixo-lhe estas singelas linhas de texto que,
espero, tenham a capacidade de traduzir a forma apaixonada e divertida como ele
vivia o triatlo. Do meu lado, sinto-me grato por tudo quanto aprendi com ele.
Um valente abraço e até já pá!
1 comentário:
Sem dúvida alguma, traduziram da melhor forma David. E muitas mais podíamos acrescentar.."Canina face às adversárias não se treme, rosna-se"..
Um beijo para ti..
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