quarta-feira, maio 09, 2012
top3!
É como diz o Paulo Futre: um gajo tem de ter uma linha! "é esta a linha, é este o projecto!" E a minha bem-amada terra neste tipo de cenas não facilita: segue a linha até ao limite e vai ao pódio! Bronze!
Um pouco mais a sério: eu posso compreender que uma entidade se endivide para se tornar mais competitiva, para fazer acontecer e depois recuperar o investimento. Contudo, ou eu estou muito leste do que se passa por lá (até admito que sim, estou longe), ou o Fundão está tudo menos competitivo.
Eu olho para a lista do top10 e vejo cidades do Allgarve - que mesmo em altura de crise têm uma capacidade brutal de atrair pessoas, logo valor; vejo capitais de distrito e vejo o "Porto B" (Gaia).
Quando olho para o top3, lembro-me de um caríssimo autódromo em Portimão, lembro-me do Redbull Air-Race e do Festival Marés Vivas em Gaia mas depois só me lembro do Chocalhos em Alpedrinha.... Sinceramente, há aqui uma desproporcionalidade que não consigo compreender.
Tenho um misto de receio e esperança em quem herdou isto. Por um lado reconheço capacidade intelectual e criativa ao actual boss, mas por outro lado, há lá quem ache, e cito: "uma câmara nunca vai à valência". Não quero imaginar o que é gerir este buraco negro, que terá uma espécie de gravidade infinita que atrai Tudo para dentro de si. E o problema maior é este Tudo ser muito magrinho.
Custa uma fortuna visitar o Fundão. Os transportes mais baratos são uma jarda. A mão de obra qualificada fugiu de lá para não passar fome. As atracções naturais não têm ainda um suporte que as tornem competitivas. Algumas das atracções culturais morreram (outras surgiram reconheça-se). As pessoas envelheceram.
Temo muito que neste cenário o Fundão se torna ainda mais interessante para mim: que tenha demasiada paz e sossego.
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1 comentário:
Também fico triste com esta realidade... Sente-se a vontade de ir embora. Cump. Gilda
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