quarta-feira, abril 12, 2006

Paris Marathon.1

É fantástico como o mesmo desafio pode ser tão diferente em momentos distintos. Pensava eu que a Maratona de Paris teria uma estória algo semelhante à de Sevilha… Não poderia estar mais enganado, quase tudo foi diferente: a cidade, a dinâmica, o público, as sensações, o km onde me montaram o “muro”, o tempo. Quase tudo, menos o tempo final, esse divergiu muito pouco.

Mas vamos lá a pormenores.

Porque me atrasei na marcação das viagens acabei por ter viajar sozinho: os parceiros Fernando Carmo, Bruno Salvador e Sérgio Santos (e respectiva dama) viajaram via Air-France na quinta-feira à tarde enquanto eu o fiz sozinho no mesmo dia à hora de almoço. O plano passava por eu esperar pelo resto do grupo no Aeroporto Charles de Gaulle e depois rumarmos ao Hotel com o carro que alugaríamos. Já só na porta de embarque é que fiquei a saber que ia para um outro aeroporto, uma coisa qualquer chamada chamada de Orly… lá pensei: “ah! Tá bom…como eu domino bué sou o gajo indicado andar à solta pelos transportes de Paris, rumo a um Hotel situado numa zona qualquer de que só sei que fica a 2,5km da partida. Mas como até curto perder-me por ai e assim ficar a conhecer melhor a zonas que visito lá fiz uns telefonemas de emergência, saquei a morada do hotel e a dica de que há um comboio que nos leva de Orly para o centro de Paris. Chegado a Orly lá me extrairam 11€ para sentar o cú no RER (o tal comboio), fechei o olho esquerdo tipo mira, apontei para a saída do Notre Damme (soou-me centro de Paris) e ala que se fazia tarde. A meia da viagem e de umas medições mais exactas sobre o gráfico das linhas férreas que estava sobre a porta de saída do metro/comboio/automotora e decidi-me por outra saída: Halle qualquer coisa. A coisa levou imenso tempo e apanhei a hora de ponta, tendo a certa altura chegado a pensar que a senhora com acento checo-turco com o seu salto alto apoiado no meu pé estaria comprada pelo Salvador para me lesionar! Tive ainda a oportunidade de presenciar um ritual de acasalamento por parte de um jovem magrebino que fazia umas cenas esquisitas com os lábios (assim tipo o gajo da Martini) a cada fêmea que passava perto dele. Após a cena labial o espécimen manobrava o tronco (revestido por uma camisa de cor rosa com apenas uma abertura no topo para deixar respirar os fios em metal não precioso que lhe ornamentavam o pescoço) para se colocar cara a cara com a fêmea e por detrás dos óculos escuros lançar um olhar que suponho ser letal. Lindo!
Retomando o pouca-terra, pouca-terra: lá saí na sei bem onde. Era um Centro Comercial. Vi-me e desejei-me para encontrar a saída daquilo, lá a encontrei, saquei um azimute à sorte e pus-me a caminho. Ao me cruzar com uma mulher polícia achei que estava na altura de exibir o meu francês matador e perguntar pela rua do hotel. Lá me deu umas dicas e a partir dai a coisa foi muito simples.

No Hotel esperei pelo resto do pessoal e os restantes dias foram passados entre passeios de automóvel, visita à Expo da Maratona onde levantámos os dorsais e fizemos uma corrida na passadeira Reebok que me deixou a saber que preciso de usar palmilhas anatómicas porque tenho a passada bem torcida. Demos umas voltas por Paris mas sempre de carro para não queimar muito as canetas. De véspera, como tínhamos de rolar alguns minutos decidimos ir à corrida do pequeno-almoço (5km). Foi muito divertida: havia por lá umas miúdas giras, uma banda de metais muito castiça e muito pessoal bem animado. Valeu! O resto do tempo foi passado a olhar pró tecto do hotel e encher o depósito com muito hidratos de carbono.
Passem por cá mais logo que já deve haver mais alguns pormenores...

5 comentários:

Anónimo disse...

A gaja que o Salvador contratou para te lesionar???? Lindooooooo! Nunca me teria lembrado disso... :-D

Continua, ou a adorar o descritivo!

Abraços,

FC

Anónimo disse...

já somos dois a adorar!!

Deixa mas é o trabalho e continua a história!

Abraço grande aventureiro!

Anónimo disse...

boas David!

sei que você n tem nada com isso

mas descobri agora o blogue a Fábrica através deste e no que toca ao artigos de montanhismo deles é tudo plágio. nunca citam a fonte dos textos e fotos como de fosse deles.

mas é o pão nosso dos preguiçoso dos tuguinhas . crê-se que pelo menos 3/4 da produção de conteúdos lusa da net é plágio.

qd vir algum artigo, copie uma frase pro google e veja se tem igual.

você n tem nada a ver com isso mas foi só para aconselhar.

fique bem, boas corridas e subidas

meu perfil no blogger

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Anónimo disse...

A próxima ('tasse sempre a pensar na próxima) tem que ser Londres ou Roterdão óh meu! :-)

Anónimo disse...

Então o resto da aventura????

Onde é que o gajo da marreta de apanhou???
tiveste direito a massagens????

quanto pagaste por um café em Paris???tanto como no meridien em Lisboa (porra, 3,70€ até dói)???

deixa-te de lamúrias e conta lá tudo

um abraço