quinta-feira, novembro 03, 2005

Ironbike.4

No próximo fim-de-semana o Carmo vai estar com o Nuno Gomes e vai-me trazer o cd com as fotos que ele tirou no Ironbike, vão de certeza ajudar a ilustrar a estória (que já vai bem demorada). Logo que veja alguma jeitosa eu publico aqui. Se bem me lembro no Ironbike.3 tinhamos acabado de chegar a Salluzzo. No dia seguinte lá demos umas voltas pela cidade. Demos um salto ao Aeroporto de Malpenza, perto de Milão, para apanhar o Patrício. Lá resolveu o problema de saúde e veio ter connosco. Passámos por Turim mas não deu para grandes voltas.
À tarde fizemos mais um treininho pelas redondezas de Salluzzo. As tendas estavam agora no Campo Base do Iron. Um campo de futebol que lentamente foi ganhando alguma côr com os biciclistas que iam chegando: Turcos, Checo-Turcos, Charoleses, Contra-Charoleses, Movskos. No treino voltou a ser necessário meter um par de italianos na ordem. Não é que vamos nós muitos descansadinhos subida acima quando me aparecem duas artistas literalmente a sprintar para ver se nos arrancavam os autocolantes das bikes com a ventania provocada pelo speed... Lá tivemos de enfiar a taleiga e retribuir o mimo...

A primeira etapa do Iron consiste de um prólogo nocturno pela zona antiga da cidade. Inclui umas quantas descidas por escadarias antigas. Fomos procurá-las para ver que tal aquilo se fazia... ao segundo lance já eu estava esticadinho no chão para abrir a pestana! levava pouco ar na suspensão, aquilo amochou e dali ao chão foi um repente. Na sexta-feira ainda demos uma saída à noite. Não é mito: as italianas têm mesmo muita pinta!!

O Nuno Gomes e o Guillaume chegaram entretanto e lá nos instalamos o acampamento tuga.

Sábado: esta cena começa hoje! Demos um jeito nas bikes, fomos comprar umas coisitas que davam jeito. Câmaras de ar, desmontas, etc. Antes do jantar houve um briefing. Ai a coisa já deu a entender que ia ser bem dura e que havia algo de diferente relativamente àquilo que o Fernando Carmo nos falara. As informações prestadas não eram nada de especial e não apareceu o gajo bacano chamado Pipino. Enfim, só se ia passar o prólogo e o tempo ai perdido não tinha peso nenhum no resultado final. Nesta altura ainda tinhamos ambições a um lugar jeito, principalmente o Catarino que estava realmente cheio de força.

O prólogo foi feito por várias mangas. Nenhum de nós levou aquilo muito a sério. Com receio de repetir as quedas até corri com sapatilhas de atletismo em vez de sapatos para os pedais automáticos, foi quase tanto o tempo com a bike pela mão nas escadarias como a pedalar. Foi giro correr à noite passando pelas ruas dos bares com aquilo cheio de malta. Curti! Não me esqueço é da humidade que ainda estava às onze da noite. Um gajo esperto topava logo que no dia seguinte a coisa seria dificil... mas eu não topei nada!!!

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