segunda-feira, dezembro 11, 2006

Gredos

Há já 2 fins-de-semana atrás tive a oportunidade de fugir para um dos meus playgrounds favoritos: Gredos. Aqui um relato muito breve só para o Joe não dizer que eu nunca digo nada (Joe, fdx... tu és uma maquina!! o meu ídolo, que máquina...).

Mas vamos a lá a Gredos:
Aproveitando o feriado zarpamos para o Fundão ainda na quinta-feira à noite. Pernoitamos em magote na casa das Laranjeiras minha Fanzada Saral. Infelizmente aquela andorinha veio a sofrer um tremendo azar: a esquina da parede do cemitério da Aldeia de Joanes atirou-se-lhe para a frente do Jipe e escaqueirou-lhe a parte direita. Obviamente que a brincadeira da Srª. Parede causou um tremendo transtorno à Andorinha que o pilotava (nem falo daquele criado na carteira da Mãe Ana Maria) que fruto do sucedido nos privou da sua companhia. A custo lá seguimos viagem para cumprir com o estabelecido.

Sexta, ao final da manhã, chegamos ao destino: Hoyos del Espino. Almoço aligeirado e rumo à plataforma, o local onde outros companheiros nossos se preparavam já para subir para o Elola.

Para quem já conhece Gredos a ligação ao refúgio Elola acaba por ser um pro-forme, mas para quem nunca ali esteve já dá para encher o olho, principalmente quando se chega aos Barrerones e se avista o Circo Glaciar que torna famosa esta pequena montanha.

Circo de Gredos a partir da Laguna Grande

Chegados ao Elola foi só largar a tralha e fomos improvisar um bocado: trepadelas, destrapadelas, uns rappels e uns deslizes encosta abaixo só mesmo para curtir e desenfurrejar.

Finalmente no sábado o prato principal: Almanzor.
O tempo não estava grande espingarda e muita gente optou por ficar no Refúgio. Apesar da neve constante, vento e frio as condições era mais que suficientes para se chegar lá acima em segurança. A neve mole facilitou a subida da Portilla del Cranpón mas dificultou a trepada final até ao topo do Almanzor. As condições eram as que a foto documenta bem...

Catarina e Miguel chegando ao topo do Cranpón

Zé Maria, Miguel e Daniel no Almanzor

Moi memme, Daniel (escondido tipo emplastro) e Catarina

Troy descendo do Almanzor

A partir dali foi só mesmo cumprir e desfrutar. Descemos pela Portilla de los Cobardes e num tiro estavamos na base do Venteadero. É curioso que assim que o pessoal se sente cá em baixo ao stress que possa haver desaparece e em nada a conversa entra cueca a dentro. Portanto, baixa a altitude e com ela o nível!!
Chegamos ao Refúgio a meio da tarde e por ali nos entretemos em amena cavaqueira, jantando ao som de umas botelhas de vinho da Rioja. "Ele lá há vida melhor que esta?! Durante o dia levar porrada no pelo e à noite molhar o bico?! Ele não catano!!!"

Domingo, dia de regresso a Portugal. Mas visto que não estavámos muito carregados decidmos fazer uma rota alternativa até ao carro. Subimos ao Morezón (por uma via improvisada e muita divertida) directos e descemos pelas Ruínas del Rey até à Plataforma. E já tá! Regresso a lx e assunto arrumado!

Domingo, subinda para o Morezon

E pronto, tá feita sintese daquele fim-de-semana. Neste último fim-de-semana ainda se pensou em voltar para fazer a Integral do Circo em autonomia mas por motivos diversos tivemos de colar a ideia ao tecto. Por um lado ainda bem porque as condições não deviam ser as melhores, a avaliar pelos acidentes: um morto (no Almanzor) e um ferido. Ainda está desaparecido um outro montanhista que teria deixado o carro na plataforma no dia 29...

Ainda assim, nada de especial (com o devido respeito aos acidentados) se compararmos com a guerra-civil em que se transformam as estradas e a noite num fim-de-semana prolongada. (...pareço um velho a falar...).

2 comentários:

Anónimo disse...

ahhhh gosto sempre de saber o que andas a fazer ;)
nao é pra controlar como ja me disseram algumas vezes, mas é pra me sentir mais perto :)
vou-te arranjar umas montanhas pra escalares por aqui, senao ja sei que nunca me vens visitar... o unico problema é que o inverno aqui é a serio e nao é neve molinha ;)
por isso vamos ter que deixar isso pra primavera :)
grande abraco

Anónimo disse...

Fanzada, como sempre ... um excelente contador de histórias reais. Adorei ler! A cena do jipe até me fez rir.

E que foto linda, a do Circo! Brutal, mesmo!

Beijufa gorda no rabo Fézal.