Pensará o leitor, num primeiro contacto com estas linhas, que o título da crónica alude ao seu autor (a Estrela) e a alguma estadia na Serra da Estrela. Negativo! Refere-se antes um evento (à falta de melhor termo que o descreva) organizado pela Ciclonatur que consiste de subir a Serra da Estrela, em bicicleta, pelas 3 subidas alcatroadas que existem (na verdade agora também há a de Bouça). O percurso arranca da Covilhã, segue até aos Piornos, desce para Manteigas, meia-volta, regresso aos Piornos, Torre, descida para Seia, meia-volta, Torre, Covilhã. Não tenho a certeza dos números mas tenho ideia de serem 134Km com 4000 metros de desnível acumulado. Interessante.
Este ano contam-se pelos dedos as vezes que me montei numa bicicleta mas isso não constituiu qualquer embaraço para participar. Na pior, e mais provável, das hipóteses ficaria na Torre cortando-me à descida (e subida de regresso) para Seia. Não é por nada mas tenho para mim que estar umas seis horas a pedalar obrigam a que, no mínimo, se tenham feito 10 treinos com mais de uma hora no espaço de um ano!! E eu não os fiz! :-) sem medos...
Acabei por não ter qualquer problema em andar lá por cima e sobretudo soube-me muito bem encontrar a Serra com pouco movimento. Adoro pedalar em montanha mas há dias em que a Serra é um inferno. São ordas e ordas de labregada. Eu não quero armar em elitista, mas autocarros cheios de fulanos que mandam bocas a todos quantos fazem desporto, mandam as piriscas pelas janela, deixam lá as latas de cerveja, as garrafas de vinho, todos os tipos de lixo nojento e ainda (e sempre) (a merda d) os sacos de plástico com que fizeram o seu scú, deixam-me sem grande vontade de lá meter os pés. Seja como fôr, no sábado passado a Serra estava tranquila e deu-me um grande gozo passar umas horas em cima da bicicleta por lá.
Quanto ao evento propriamente dito. Não há muito a dizer: não há classificações, cada um anda como pode e a mais não é obrigado. Não há qualquer tipo abastecimento, cada um trata de si. Contavam-me por lá que há uns anos o JLuis Carvalho (com quem apenas me cruzei mas de quem já ouvi muita história) levava carros de apoio com comunicação rádio e pontos de ataque à concorrência bem definidos... No final, acho que sofreu com a aparição do homem da marreta e quem se riu com aquilo tudo foi o Pedro "Lopes" do Amaral que, com toda a sua tranquilidade de alentejano e talento, fez a folhinha à malta toda como se nada fosse. Aliás, este ano o Amaral voltou a ganhar a medalha de ouro. Claro que o maior destaque vai para o Bruno "Cândido" Salvador de Barbosa e Futre que (palavras do próprio) não tivesse de parar para ajudar um companheiro a encher o pneu teria ido às medalhas. Foi o quarto.
Não é minha intenção de estar a picar, mas... Fernando: ele chegou, gabou-se, gabou-se, foi às compras, mijou, comprou um queijo, comprou uma regueifa, foi enganado pelos vendedores daquele centro comercial asqueroso, comemos todos as regueifa do Salvador (!!!) e só depois é que tú (Fernando) chegaste. Portanto... não querendo picar, mas... se fosse a ti desafiava o Futre Barbosa de Salvador para a vingança...
Perguntará a leitor: então e tú, fizeste tudo? Não fiz não senhor, fiquei mesmo pela Torre. Mas até lá chegar fui lá na frente com os campeões! ah pois é! Mesmo sem treino mora aqui muito talento!! Claro que se continuasse havia de levar uma marretada daquelas de ficar nos anais mas fiquei-me pela sande de presunto e uma coca-cola e fiz muito bem.
Pelo meio deu para meter a conversa em dia com o Amaral, Nuno Gomes e companhia e falar nalguns projectos para o ano que ai vem. Montanha (cada vez mais à séria), Maratona de Viena ou a Quebra-Ossos são alguns deles.
Amanhã é dia de Massive Attack, no Coliseu dos Recreios. Acho que vai ser a primeira vez que os vejo. Caso o estimado leitor opte por não se juntar a mim e ficar por casa julgo que há Triatlo na Sport Tv. São as provas de juniores e sub-23 dos mundiais de Hamburgo e o mundial de nações na Hungria.
1 comentário:
Ao Salvador, de facto, não lhe cabe uma ervilha no cú, tal a elevação que o seu ego atingiu!
De qualquer forma, ali a adversidade é a inclinação serrana e não qualquer Futre mal-cheiroso! :-D
Desafia-lo-ei sim, não para lhe dar com a marreta, mas antes para lhe permitir desfrutar de outros encantos da Serra, em cima de uma bike.
Até lá.
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