quarta-feira, dezembro 19, 2007

O Natal no Fundão

É diferente do Natal em qualquer outro ponto do globo! E há vários motivos para isso:
  1. Há a casa do Minhoca no Bairro da Bola onde o Sr. Nelo e o resto do pessoal cantam fado à desgarrada por entre grades de mine e vinho-do-bom;
  2. Há João Mokas que toca acordão no Madeiro (alimentado por travessas da linha do comboio) até que o instrumento se torne mais pesado que ele e caia (assim tipo uma travessa) no chão, interrompendo a Macarena, na sua versão acordeónica;
  3. Há o madeiro de Valverde onde já uma vez vi o pessoal montar uma bateria às 4 da manhã, na mesma altura em que o Bé se elevava até dois metros (cerca de..., eu já tinha perdido a visão binocular por esta altura) do chão pendurado na guita do sino da igreja;
  4. Há as quintas do pessoal com vinho feito pelos avós. Lembro-me de uma vez serem umas 7 da matina do dia de Natal e eu andar a sacar ovos do galinheiro da quinta do avô do Jó-Jó para fazer omoletes de cebola (não havia mais ingredientes!!) para o pequeno almoço;
  5. Estão por lá os cromos todos. Quase toda a gente que ainda é viva marca presença no Fundão pelo Natal. Há pessoal que eu só vejo nesta altura.

Paradoxalmente, e depois de travar uma luta com as minhas entidades paternais para que este ano o Natal não fosse em Lx (que ganhei usando alguns dos argumento acima enumerados), não tenho vontade de fazer nada disto!! Não sei de que raio me posso queixar, quando tenho tudo o que se precisa para se estar com vontade de aviar mais um Noel em grande. Com o Mokas, o Minhoca, o Vitor Punk, o Manel do Petróleo, a festa da A23, o Pai, a Nelinha das Lãs, o 'pessual' todo, enfim... tudo a que tenho direito!!!

Deve ser do tempo, da chuva secalhar, do frio não é (eu até gosto). Não sei... falta quelque-chose.

É deixar rolar!... Não tarda estamos em 2008 e com ele Madrid, a Maratona de Barcelona, Gredos, a visita da Francesca, o Europeu de Triatlo em Lisboa, Madrid, a Quebra-Ossos, os Pirinéus, Viena, Pequim, os Alpes, Atenas (confirma-se Teco?), todas essas coisas boas que me deviam deixar eufórico e amar a vida que levo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estamos de acordo que Natal genuino, só aqui.
Com noite do caramelo, madeiros e todas as condições exigíveis para que o Menino Jesus possa nascer.
Só queremos garra para o curtir, porque o longe se faz perto (e as novas tecnologias ajudam) e nunca deixam de estar presentes (e com presentes) todos os que se amam.
Prá frente e viva o Menino Jesus.