quinta-feira, janeiro 31, 2008

Sprints

A pedido de várias famílias. Vou melgar a generalidade dos visitantes com mais duas chegadas do demónio em provas de triatlo, daquelas que me fariam ficar sem fôlego e rosadinho se as tivesse a comentar. Peço desculpa a quem for menos dado a estas coisas do desporto, voltarei em breve com mais assuntos da treta.

Depois do post da semana passada com o sprint entre o Kris Gemmel e o Bevan Docherty pela vitória na Taça do Mundo de New Plymouth (Nova Zelândia) em 2006. Só uma notinha para o facto de estes dois tipos serem (ambos os dois...) neo-zelandeses, amigos e muitas vezes colegas de treino.

Hoje os pratos do dia são dois (um de carne e outro de peixe): uma chegada ao sprint entre o Dimitry Gaag (um tipo com histórias muita giras de que posso falar um dia, um verdadeiro matarruano dos Cárpatos) e o Brad Kahlefeldt (um pintas australiano curtido que se passou da marmita com o fumo de tabaco que havia ali no Centro Comercial das Torres de Lisboa) e uma outra chegada que aconteceu na Taça do Mundo de Hamburgo.

Let's então watch the treila:





A segunda treila passa-se também no ano 2005, em mais uma Taça do Mundo. O mê prime o Ospaly (um gajo quando vira uns copos com eles, ficam primos) sprintou que nem um macho o mas curtido é os dois suiços pisarem-se um ao outro. Cá para mim acho que o Sven Riederer andava a afiambrar-se à gaja do Reto Hug e este vingou-se, pisando-o. Também eu me afiambrava... ora veja lá senão: http://nicolaspirig.ch.honorius.sui-inter.net/index.php?id=6

Quanto ao sprint que vamos ver agora. Eh pah... não são precisas palavras. Cinco bois! (O meu prime o Zé Pais já ganhou a todos):

Ele diz que dá....

Ele dá... deve dar... ainda estou estou à espera do meu Ferrari mas tá tudo bem, estou sentado...


Note-se que eu até já ajudei na missa. Depois chumbei na catequese mas mesmo assim ele poderia dar, não?

quarta-feira, janeiro 30, 2008

É assustador mas é real

Até hoje de manhã ter lido os posts do Joe e do Zé Maria não me tinha apercebido da gravidade da coisa. Achava até que existia algum exagero nas críticas às reformas na saúde. Depois... vi a rábula do Ricardo Araújo Pereira e de seguida ouvi a conversa do INEM com os Bombeiros de Alijó. E não é que a realidade é assustadoramente mais divertida que a rábula?!

Também não posso esquecer o sábado em que fui fazer btt a Sortelha. Antes de ir para lá fiz um trote no Fundão às 6 e tal da matina com o Catarino e Ricardo. A meio, damos com o carro de intervenção mais-ou-menos-rápida do INEM completamente perdido. A inverter a marcha enquanto as duas ocupantes discutiam entre si. Nós parámos e gesticulámos se precisariam de alguma informação. Estavamos a menos de 400 metros do nó de acesso da A23, numa zona que toda a gente conhece, ainda assim as senhoras estava completamente perdidas. Ao volante estava uma tipa que foi minha colega na Escola Secundária, nós chamavamos-lhe Cindy Diamantes...












Com estes bombeiros e Cindys a conduzir viaturas do INEM estamos entregues à bicharada. Talvez venha a investir na Ramona e faça dela Carro-de-Intervenção-Realmente-Rápida-E-Que-Não-Se-Perde.

terça-feira, janeiro 29, 2008

The Ramona

Mudando um pouco o assunto.
Há malta que tem cães. Eu não tenho. Mas tenho outra fiel companheira: a Ramona!
Trata-se de um verdadeiro bólide, uma pérola da engenharia japonesa, uma joia, um relógio suiço. Enfim, um matchibombo daqueles com todos os matadores.



Desde que conheceu a luz, em 1981, a Ramona foi conhecendo diferentes estádios de evolução. Primeiro foi branca, depois o Ti Alvinho fez-lhe um penteado cheio de cenário: cinzento.

Abro aqui um parentesis para dizer que pintei a minha bike de então na mesma côr, tipo para condizer... Questões de estilo. Assim parecia alumínio, parecia...

Entretanto a Ramona ganhou cabelos brancos e está toda a condizer. Já teve uma fase em que foi uma auto-caravana, transportando dentro de si móveis feitos pela pachorra do Ti Alvinho.
Todo o clã Vaz já curtiu milhões com este bólide e tem mais que muitas histórias para contar.

Antigamente, quando eu media menos de metro e meio e não havia segurança rodoviária, viajávamos sempre deitados numas placas que dividiam a zona de carga em dois nívies. Assim passávamos o tempo todo deitados a olhar para trás e a meter ranço ao condutor que seguia atrás de nós. A Ramona ainda se deve lembrar de uma vez - na sua juventude - que fomos para Marrocos e no regresso, em Ceuta, nos assaltaram e gamaram 200 contos de reis ao meu pai (Ti Alvinho, para quem ainda não conheça a terminologia da casa) que era suposto servirem para comprar uma cambra de vídeo. Até eu tive pena, imagino ele...

Outra vez, andava o Ti Alvinho a fazer campanha por um partido de esquerda liderado por um senhor da tropa que parecia ter engulido uma vassoura, quando se esqueceu (teria já aviado uns pirolitos?!) que trazia em cima da Ramona uma grade e duas cornetas daquelas bem grandes. Iamos a passar sob o túnel da nossa rua e eu, providente desde muito novo, disse: "Olha lá oh Alvaro, que isto não passa..." e ele "oh David se sempre passou porque raio não há-de passar hoje?" e eu "Porque hoje trazes lá as...." CCCCRRRRRÁÁÁÁÁÁÁ riscou-me a moleirinha à pobre Ramona, amolgou as colunas e sei lá mais o quê! E eu: "... cornetas...."

As últimas excursões à séria da Ramona já foram sob o meu Reinado. Máquina infernal que me encheu sempre de orgulho. Dona de uma personalidade férrea, a Ramona não ficou a dever nada aos Ferraris com que se picou no túnel do Mónaco! Ainda me lembro de, no Tour de France 2005, o Lance Armstrong passar por ela de bike e acenar (em rigor ele fez uma pose de prostração perante uma sumidade) cheio de orgulho de estar na mesma estrada que ela.
A Ramona nunca deixou ninguém indiferente.

Senão veja-se:
- Entra a Ramona em Salluzzo, Itália, e quem está à espera dela? Os Caribinnieri de metralhadoras em riste. Medo... podiam trazer terroristas!

- Pergunta um checo-turco qualquer no meio dos Alpes: "Então e vocês vieram de avião e cá tinha essa carrinha, certo?". Borges: "Não catano! Viemos assim desde o Fundão!" Checo-Turco, em checo-turquês: "dassss"

- Na zona de Cadaqués, a gaja até já tinha um estacionamento privativo de fronte para a casa de verão do outro meco do bigode, o coise, o Dáli.

Muito mais havia a contar mas fico-me por aqui que isto já vai longo! Deixo uns kodaks em jeito de (merecidíssima) homenagem.




Motários II

Parece que a coisa afinal ainda é pior do que eu julgava.
Então é assim: o motoclube do barreiro diz que vai fazer uma cena chamada Esquimós (ganda pinta, hein?!). Os pançudos vão do Barreiro até à Estrela para experimentarem as "condições mais adversas de viagem e acampamento" uuuuuhhhhh é para homens à séria!!
E quando as coisas são para homens como é que é? Eu digo-vos:

"O valor as inscrições ainda não está defEnido **curtiram o definido com É??** derivado a um custo que não está confirmado" -> ganda pinta: não está definido porque coise, derivado, coise, relativamente à confirmação. lindo!

"Vão estar disponíveis no local, duches quentes, o bar existente no parque servirá de apoio, será montada uma tenda gigante aquecida onde funcionará o refeitório e a zona de convívio."->ganda pinta! é mesmo à esquimó! Tenda gigante com aquecimento e tudo, à séria, hein?!"

"Teremos a nossa disposição toneladas de lenha para alimentar as fogueiras." -> cada vez os admiro mais...

Assim sim senhor, vale a pena encher o Covão de Motores, Rátéres, Tendas Gigantes, Toneladas de Lenha (será que abatem árvores ali mesmo no covão? aquilo tem lá uma zona que dava um grande relvado para a futebolada, ou para um palco e fazia-se lá um festivalzão...) e toneladas de bimbos, copos de plás, bifanase, prasuntose....

Se forem ao site e virem o cartaz (não meto o link nem cartaz por opção) reparem que tem a iniciativa é apoiada pela Câmara de Manteigas, Federação Nacional de Motociclismo e Direcção de Estradas da Guarda. Dassssss ainda bem que os dinheiros públicos estão entregues a gente responsável...

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Os Motários e o Modelo de Exploração da Estrela

Um e-mail do Caçula sobre um grupo de parvos (não no sentido elogioso e quase-carinhoso com que muitas vezes uso a palavra; aqui fala-se de parvos/estúpidos à séria) deu-me o empurrão para escrever sobre a Serra da Estrela e espaços dentro do género.

Do blog estrelanoseumelhor.blogspot.com saquei a imagem abaixo e li um relato que não pude ignorar. Nesse relato o amigo (ou amiga) que escreveu o post fala dos espécimens que teve o azar de apanhar no Covão da Ametade: ordas e ordas de pategos motoqueiros. Pûs-me a pensar até onde chegará a estupidez dos responsáveis daquele Parque Natural e fiquei assustado.




Alguém se importa de explicar os tipos o que é Património Natural?????!!!!!! Que génio de merda autorizou os Motores e Rátéres? Alguém consegue ver neste tipo de presença uma mais valia para o espaço envolvente??!!! Não chegavam os assadores tipo mausuleu agora chamaram os Rátéres para o Covão. O que é que se segue? Uma discoteca puti-dancing e poiso para camionistas? Alguém valha à Serra.

Eu penso, penso, penso e não chego lá. Não consigo compreender o projecto de exploração deste Santuário Natural. Sim, há que ter a noção que apesar de tudo a Serra é única. Aquilo não é alta montanha mas sempre é o mais próximo que temos... Estabelecendo aqui um paralelo eu pergunto: cabe na cabeça de alguém fazer uma gincana de Motos Quatro dentro do Mosteiro dos Jerónimos?! Não, claro que não! E fazer um Casino lá num Claustro?! E fazer uma auto-estrada com túnel e parque de estacionamento subterrâneo?! E um centro-comercial?! NÃO! NÃO! NÃO! Então porque raio o fazem na Estrela?!

Já são alguns os espaços naturais que conheço e este modelo de exploração eu não vejo nem no terceiro mundo. Valorizar um espaço não é fazer uma estrada de alcatrão até ele, não é fazer um centro comercial, não é destruir milhões e milhões de metros cúbicos de rocha, com outros tanto milhões de anos, para fazer estâncias de ski. Isso só serve os interesses dos pobres de espírito.

Em qualquer ponto do globo (menos em Portugal) as pessoas sabem que se vão para uma área de património natural deixam o carro na perifería e progridem usando meios não poluentes ou então com os meios públicos. É isto que acontece nos Alpes ou Pirinéus, e sabem qual é o resultado? As montanhas estão cheias de famílias a caminhar ou a andar de bicicleta. É seguro andar-se por lá. Há rotas de passeio para todos os níveis, bem vigiadas e seguras. Há refúgios interessantes (daqueles que fazem os miúdos sonhar, sabem?), há pessoas que cuidam do seu lixo, que cuidam do chão que pisam, que estimam o que os rodeia, que dão valor ao património natural, há produtos regionais (um tudo-nada diferentes dos Doces da Estrela fabricados em Santa Iria da Azóia).

A consequência de tudo isto é tristemente simples. Quando não se conhece, quando não se vive, também não se valoriza, não se estima... É talvez por isso que o urbano-depressivo (e atenção que também os há na província) se está borrifando para o que ardeu, ou para o que deu lugar ao betão. Ele não conhece, e também.... desde que o Colombo fique no mesmo sítio, o Benfica passe na TVI e ele possa lavar o carro no elefante azul então Porreiro pah! Com um pouco de sorte ainda se vai à Estrela fazer scú e plantar um saco de plástico...

Poderia dizer muito mais... mas falta-me solidez de escrita para, de forma clara, deixar aqui a minha opinião. Apesar disso, deixo aqui uma última sugestão para os 'amigos' que deram origem a este post: METAM O ESCAPE PELO BUEIRO ACIMA E EXACERBEM O PUNHO COMO SENAO HOUVESSE AMANHÃ!!!

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Videos do demónio

Por motivos bem diferentes são vídeos que considero interessantes. O primeiro é desporto. Que sprint brutal do Docherty, dasss..., esta coisa só termina mesmo quando acaba!



O segundo... é coisa do meu tempo. Gosto muito!

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Rota dos 5 Castelos

O Fernando Carmo prometeu castelos em barda mas eu vi mais cemitérios!!
A coisa aconteceu no fim-de-semana passado: perto de 80Km de BTT (sério QB) na zona de Sortelha. Castelos, só me lembro dos de Sortelha, Sabugal e Alfaiate. Os outros deviam estar escondidas pelo nevoeiro. Já cemitérios: mais que muitos, cerca de vários, bués, à fila! Devo-me ter assustado com algum morto-vivo porque fui a única alminha que ainda conseguiu mandar uma valente palhaça. Uma cena esperta, pena não estar em filme.

Ora... de forma sucinta o programa do fim-de-semana foi:
- 06:30 -> 50' de corrida pa abrir a pestana. Durante o treino ainda vi a Cindy Diamantes (andou cmg na escola) conduzir um carro de intervenção rápida do INEM e perder-se entre as Donas e Valverde... De facto, aquilo é complicadissimo. Pobre doente...
- 09:00 -> Eu dizia que sabia o caminho mas meti-me pras Inguias e os outros mecos ficarm à seca em Sortelha, temos pena!
- 10:00 - 17:00 -> BTT propriamente dito.
- 19:00 -> Encher o cú de pizzas no Tortozendo.
- 24:00 -> Regresso a LX
- Domingo, 10:00 -> 26 Km de corrida, 14 dos quais aviados em Marathon Pace. Dasss. Foi ao osso!
- Domingo, 18:00 -> Morri! Xau e foi fixe!




Mais kodaks em http://www.fernandocarmo.com/index.php?option=com_zoom&Itemid=27&catid=9.

Acho que o Fernando ficou a pensar que eu não tinha gostado da volta na versão original do post. Olhe que não! Se escrevi sobre é porque me agradou! De assuntos fracos não reza a história!

João Garcia

Na minha opinião ficou uma obra bem gira, a que o Krepe preparou para o Garcia. Tem lá de tudo um bocadinho. Agora é esperar pelas expedições à séria para ali se ficar a par de tudo (lá para Abril/Maio será o Makalu). A Inês terá de dar ao dedo para manter a malta informada.

Podem visitá-lo em WWW.JOAOGARCIA.COM.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Os farrapos vão ao Monte

Isto começa a parecer as história da Anita. Os farrapos vão a Madrid, os farrapos vão ao Monte e por ai em diante. Como não há muito tempo para escrever, na verdade também não há muito assunto. Quer dizer... a farrapada foi pa Serra de Bejar enfiar o odro dentro da tenda, comer quilos e quilos de comida para gordos, dizer merda em quantidades industriais e por ai em diante. Ir pa rua é que já só quando havia solinho, quer-se dizer: o pessoal não foi ali para sofrer!! Excursionistas Prossionais!

Enfim... pode ser que algum um dia faça algo digno de um não-farrapo.



Quanto ao treino para a Maratona de Barcelona... eh pah... isto tá fraco... mas que se lixe! Não há-de ser nada!!


quinta-feira, janeiro 03, 2008

Sinais dos Tempos

Antigamente, quando fazia frio, vento e chuva era Inverno e malta agasalhava-se, vestia a samarra e o problema tava resolvido. Hoje em dia o país está em Alerta Laranja, manda muito mais pausa.

Antigamente os putos eram estúpidos, levavam uns calduços e aquilo passava. Alguns até chegaram a doutores. Hoje em dia levam-se aos psico-coiso porque o menino é hiperactivo.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

FARRAPADA

Ainda antes do balanço público e oficial da iniciativa Madeiro on Wheels ficam aqui as primeiras imagens do farrapada em Madrid. O conceito de mais esta iniciativa, onde o pasquim Pulmão marcou presença, foi de uma simplicidade desconcertante:

- Viajar doente para Madrid;
- Viajar acompanhado de farrapos e farrapas tanto, ou mais bunitos, que eu;
- Embebedar a malina no dia 30;
- Juntar 3 farrapos e correr de ressaca na San Silvestre Vallecana (e quase vomitar os pulmões);
- Beber toda a jarda que vier à mão e assim tentar enganar novamente a malina;
- Espancar o Teco e obrigá-lo a mudar a pilha do seu aparelho auditivo;
- Regressar a Lisboa bem farrapinho e com muita vontade de dormir!







A TODOS OS FARRAPOS E FARRAPAS QUE VISITAM ESTE PASQUIM DESEJAMOS UM 2008 CHEIO DE CENAS!!


PS: aos seguidores da minha carreira atlética posso deixar a informação de que corri sem dorsal e que por isso não acham o tempo em lado algum. Por não o ter a organização pediu-me educadamente que terminasse ali a minha prova, a uns 150 metros da meta, precisamente quando me aprestava a sprintar com o primeiro classificado (not!). O relógio marcava então 37'15'' (desde o tiro).